«[…] as pessoas dedicam-se, constantemente, à gestão da impressão que emitem, […] uma grande parte da interação social tem um carácter idêntico ao da representação teatral em que os atores “colocam uma máscara”. Alguns “fazem-se difíceis”, outros afetam um ar “descuidado” elaboradamente forjado, outros ainda tentam aparecer “acima de tudo e de todos.»
in Henry Gleitman, Psicologia, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 1993, p. 485
Diferentes personagens, absorvidas na sua própria realidade, sem a perceção da nossa presença. Representações de um mundo ao qual raramente temos acesso. Vêmo-las na sua intimidade e elas, inconscientemente, deixam-se observar. Sentimentos e atitudes, particularidades da sua personalidade, do seu carácter, são aqui reveladas, ou melhor, invadidas. Nós assumimos o papel de observadores, de espectadores de um a vida que é a delas, mas também a nossa.
Que lance a primeira pedra quem revela, de facto, a sua essência mais profunda…